Trabalho de reconhecimento das vítimas deve ser concluído na madrugada para, na sequência, corpos poderem ser enviados ao Brasil
Equipes de resgate buscam sobreviventes entre os destroços do avião da Lamia que transportava a equipe da Chapecoense, e caiu nas montanhas de Cerro Gordo, no município de La Union, na Colômbia (Raul Arboleda/AFP)
A ministra de Relações Exteriores da Colômbia María Ángela Holguín disse na noite desta quarta-feira que 45 das 71 vítimas fatais do desastre aéreo envolvendo o voo do time da Chapecoense já foram identificadas. A expectativa é que o restante das vítimas sejam reconhecidas ao longo da madrugada. Segundo o chanceler brasileiro José Serra, que desembarcou hoje na cidade de Medellín, até sexta-feira todos os corpos devem ser identificados para depois serem trasladados ao Brasil, primeiro a Chapecó e, na sequência, às cidades de origem das vítimas. Holguín estima que o próprio traslado ao Brasil possa ser feito ainda na sexta.
“Como a identificação dos corpos está quase finalizada, muito possivelmente vamos poder fazer o traslado dos corpos daqui a um ou dois dias”, disse.
Serra e o ministro da Cultura Roberto Freire chegaram à Colômbia na tarde desta quarta-feira para encaminhar providências para a liberação dos corpos. “Vim aqui para trazer solidariedade, agradecimento e eventualmente encaminhar providências. O trabalho [de identificação das vítimas] está se desenvolvendo com celeridade, assim como o tratamento dos seis que sobreviveram. O governo brasileiro e o Ministério de Relações Exteriores têm trabalhado com muita responsabilidade e dedicação. Os colombianos têm ajudado ao extremo como se fossem perdas da próxima Colômbia. Creio que em dois dias esse trabalho [de identificação] poderá estar concluído”, disse José Serra. Um Hércules da Força Aérea Brasileira está de prontidão para transportar as vítimas.
O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, também está em Medellín e informou hoje que aviões da FAB também serão utilizados para levar corpos das vítimas aos destinos finais de sepultamento.
Por Laryssa Borges
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