quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

‘Preferíamos ter morrido junto para não passar esse sofrimento’

Mulheres de jogadores da Chapecoense tatuaram avião fazendo rota em forma de coração dias antes do acidente

Mulher de Cleber Santana: tatuagem em grupo para celebrar viagem de férias

Rosangela Maria Loureiro, mulher do meia Cleber Santana – o capitão da Chapecoense morto na tragédia aérea que vitimou quase toda a delegação da equipe catarinense –, revelou nesta quarta-feira que ela, o marido e mais 12 casais fariam uma viagem para Punta Cana, no Caribe, no dia 9 de dezembro. A euforia pela viagem era tanta que algumas das mulheres dos atletas da Chapecoense fizeram uma tatuagem em grupo: todas escolherem o desenho de um pequeno avião, que forma um coração.

Ainda em choque, Rosangela esteve na Arena Condá e contou que havia uma mobilização muito grande das famílias, as mulheres organizaram detalhes da viagem por um grupo no celular. “Falamos sempre. As famílias iriam viajar juntas.”

Rosangela contou que a última conversa com Cleber Santana foi quando ele estava na zona franca do aeroporto de Santa Cruz de La Sierra (Bolívia), onde a delegação da Chapecoense fez escala para pegar o avião fretado da empresa venezuelana LaMia.

“Ele ligou para dizer que tinha achado um óculos que tinha minha cara… e disse que ligava quando chegasse ao destino. De madrugada, recebi uma ligação e achei que fosse ele, mas era a mulher de outro jogador me dizendo que o avião tinha caído… Durante a madrugada comentamos que preferíamos ter morrido todas junto para não passar esse sofrimento sozinhas.”

Por Luiz Felipe Castro, de Chapecó
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