sábado, 24 de outubro de 2015

Cunha está prestes a cair

Procuradoria da República aponta que o presidente da Câmara já tentou atrapalhar as investigação sobre a participação dele no Petrolão

Janot: reunião de provas - Foto: Reuters

A Procuradoria-Geral da República (PGR) intensificou a busca de provas para afastar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados, após o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizar o sequestro de R$ 9,6 milhões depositados em contas atribuídas ao acusado na Suíça.

Uma das bases para a PGR pedir o afastamento é apontar ao STF que Cunha já usou o cargo para atrapalhar as investigações que apuram o envolvimento dele como beneficiário do esquema de corrupção da Petrobras, o chamado Petrolão.

Em agosto passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusou o presidente da Câmara dos Deputados de se beneficiar do cargo no Congresso ao utilizar a Advocacia-Geral da União para tentar anular as provas recolhidas contra ele no sistema de informática da Casa. Cunha nega todas as acusações e diz que não renunciará.

O pedido de Janot é a alternativa mais provável para ele deixar o cargo, uma vez que usa os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff para negociar trégua com a oposição e a base aliada do governo na Câmara.

Sem numeração
Outra prova que pode ser reunida por Janot é a suposta omissão de Cunha para dar andamento ao pedido de investigação proposto contra ele por Psol e Rede Sustentabilidade.

Na última quinta-feira, dia 22 de outubro, o vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PSC-CE), já havia entrado com uma representação na Procuradoria solicitando o afastamento de Cunha sob o argumento de que ele se vale de sua função para atrapalhar as investigações e travar o pedido de investigação aberto contra ele por PSOL e Rede ao Conselho de Ética.

"[Cunha] sequer numerou o pedido do PSOL no conselho de ética", aponta o parlamentar no documento.

Segredo inócuo
Um dia após negar sigilo na nova investigação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu colocar o inquérito antigo, onde Cunha já foi denunciado, sob segredo de justiça. No entanto, a decisão veio no mesmo dia em que todas as partes do inquérito, inclusive o aditamento feito pela PGR com novas denúncias, já estavam abertos no sistema.

Páginas milionárias
Integrante da CPI da Petrobras, a deputada Eliziane Gama (Rede-MA) vai enviar representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) para obrigar a empresa norte-americana de consultoria e investigações especiais Kroll a devolver R$ 1,1 milhão aos cofres públicos brasileiros.

Tudo porque o "trabalho" da contratada se resumiu a apenas duas páginas, sem identificar nenhum político envolvido com o esquema de corrupção montado na estatal.

"Não podemos admitir que o dinheiro do poder público seja gasto da forma como foi", reclamou a parlamentar.

Senado apura cartel de bancos
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado vai discutir em audiência pública, na próxima quarta-feira (28), às 14h, as denúncias de formação de cartel por 14 bancos e financeiras e 30 pessoas físicas para manipular taxas de câmbio envolvendo o real e moedas estrangeiras, informa a Agência Senado.

As práticas anticompetitivas teriam sido realizadas entre os anos de 2007 e 2013.

fonte:dci.com.br
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