quarta-feira, 21 de outubro de 2015

PF desarticula organização criminosa que fraudava concursos em Alagoas

Operação se iniciou em Sorocaba, interior de São Paulo, nesta quarta (21).
Pelo menos cinco pessoas já foram presas.


A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação em Alagoas e outros estados, na manhã desta quarta-feira (21), para desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar concursos públicos no Brasil. Pelo menos cinco pessoas já foram presas.

De acordo com a PF, os criminosos fotografam o caderno de questões com microcâmeras durante a prova. Eles ficam o tempo obrigatório de permanência na sala de aula em que o concurso está sendo realizado e, quando saem, repassam as respostas aos candidatos por meio de ponto eletrônico, dispositivo intra-auricular de comunicação, que se conecta ao celular do candidato.

Foram expedidos sete mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão no estado. De acordo com a Polícia Federal, a "Operação Afronta" foi deflagrada em Sorocaba, no estado de São Paulo, entretanto, os principais líderes do grupo residem em Alagoas. A ação policial ainda está em andamento em União dos Palmares e Maceió. As identidades dos presos ainda não foram divulgadas.

Criminosos usavam cartão de crédito falso para esconder celular; pontos eletrônicos e celulares também foram apreendidos durante operação (Foto: Divulgação/Ascom PF)

Foram apreendidos diversos celulares, pontos eletrônicos e ainda cartão de crédito falso para esconder celular. Segundo a PF, eles colocavam o cartão no bolso da camisa para parecer ser um conjunto de cartões, só que dentro está o celular escondido.

A fraude foi detectada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região de Sorocaba, que detectou irregularidades no último concurso público para os cargos de analista judiciário e técnico judiciário e encaminhou os documento para a Polícia Federal para instauração do inquérito.

Ainda segundo a PF, os líderes da organização criminosa monitoram a publicação de editais de concursos públicos, em seguida, quando o edital é publicado, os candidatos em ingressar na carreira através da fraude e integrantes da quadrilha, chamados "pilotos", se inscrevem.

Durante as investigações, a Polícia Federal utilizou o Sistema de Prospecção e Análise de Desvios em Exames (SPADE), um software desenvolvido pelo órgão para apurar as fraudes nas provas. O sistema é alimentado com gabaritos dos candidatos que fizeram a prova e varre as respostas em busca de coincidências, apontando os candidatos que apresentarem maior número de respostas semelhantes.

O software também indica se as coincidências eram esperadas ou não. Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa e fraude em certames de interesse público, podendo levar de 4 a 12 anos de reclusão.

fonte:g1.globo.com
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