terça-feira, 6 de outubro de 2015

Nelson Barbosa volta a defender manutenção dos vetos no Congresso

Ministro do Planejamento relacionou votação a questões econômicas.
Segundo ele, manter decisão da presidente significa ‘menos impostos’.

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, voltou a defender nesta terça-feira (6) a manutenção, pelo Congresso Nacional, dos vetos da presidente Dilma Rousseff à chamada “pauta-bomba”, que eleva despesas do governo. Entre as propostas está a que reajusta em até 78% os salários dos servidores do Judiciário.

Para Barbosa, manter as decisões da presidente irá contribuir para a estabilidade fiscal e para que não seja preciso criar novos impostos no futuro ou promover mais corte de gastos. A análise dos vetos deve ocorrer nesta terça, em sessão conjunta da Câmara e do Senado.

“A gente espera a manutenção dos vetos, como todos os vetos que foram votados há duas semanas [e que] foram mantidos. A gente espera que o mesmo aconteça até porque é importante a manutenção desses vetos para a estabilidade fiscal. Como nós temos colocado, a manutenção dos vetos significa a necessidade de menos impostos e de menos cortes de gastos”, afirmou.

O ministro falou brevemente sobre o assunto a jornalistas, ao deixar a cerimônia de transferência do cargo de ministro dos Portos de Edinho Araújo para Helder Barbalho, na sede da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em Brasília.

“O reequilíbrio fiscal envolve não só a aprovação das medidas de reequilíbrio que nós enviamos, mas também a manutenção de vetos para evitar aumentos de gastos que colocam em risco a estabilidade fiscal”, completou Barbosa.

Reforma ministerial
A mudança de comando na Secretaria de Portos é resultado da reforma ministerial anunciada na última sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff com o objetivo de recompor a base aliada, evitar novas derrotas no parlamento e assegurar a governabilidade.

Com a reforma, a presidente reduziu o número de ministérios (de 39 para 31), mas ampliou a participação no governo do PMDB, que controlava seis ministérios e passou a ter sete.

No caso dos Portos, a pasta já era ocupada pelo PMDB, tendo mudado apenas de dirigente. Antes, Helder ocupava a agora extinta Secretaria da Pesca e Aquicultura. O deslocamento de pasta teve o objetivo de mantê-lo no primeiro escalão do governo.

Histórico
Com 36 anos, Helder é filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Filiado ao PMDB desde 1997, ele chegou a concorrer na última eleição ao cargo de governador do Pará, mas acabou derrotado por Simão Jatene (PSDB) no segundo turno.

Apesar de contar com o apoio e o peso político do sobrenome “Barbalho”, Helder tentou se “descolar” da imagem do pai durante a campanha pelo governo do Pará e procurou passar a ideia de que promoveria “mudanças”.

Derrotado, acabou ganhando um cargo no alto escalão no segundo mandato de Dilma, quando assumiu a Secretaria da Pesca e Aquicultura. Agora, na reforma ministerial, foi deslocado para o comando de Portos, no lugar de Edinho Araújo.

O novo ministro de Portos é formado em administração pela Universidade da Amazônia (Unama). Além de ministro, ele foi vereador de Ananindeua (PA), em 2000, e eleito prefeito da cidade duas vezes (2004 e 2008). Também se elegeu deputado estadual em 2002.

fonte:g1.globo.com
Débora Cruz - Do G1, em Brasília
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