sábado, 24 de outubro de 2015

Polícia apreende carro modificado "para matar" em Gravataí

Veículo tem chapas de aço e é blindado com locais para apoiar armas

Carro tinha chapas de aço e era blindado com locais para apoiar armamentos | Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP

A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira que localizou em Gravataí, na região Metropolitana, um Honda Civic de cor cinza, automático, modificado por criminosos para matar. Segundo os policiais, o carro tem chapas de aço e é blindado. Com “escotilhas” que permitiam atirar de modo protegido, o porta-malas tinha furos para que fosse dispensado o sangue das vítimas. Conhecido como “Caveirão da Morte”, era empregado no confronto com rivais, fuga das forças policiais, transporte de drogas e principalmente para carregar os corpos de inimigos ou integrantes que entraram em desavenças internas.

O “Caveirão da Morte” foi recolhido no dia 14 de setembro. No mesmo período, os agentes também apreenderam em torno de R$ 1,5 milhão em cocaína, crack, maconha e R$ 40 mil em ecstasy, além de um fuzil; uma submetralhadora; e duas pistolas; e de cerca de 500 cartuchos de calibre variados, visor noturno, silenciador, onze carregadores de 30 tiros, dois radiocomunicadores e miguelitos. O que chamou a atenção dos agentes, porém, foi o “kit roni”, um acessório de tiro que deixa uma pistola idêntica a uma carabina, otimizando o emprego da mesma. Três dias antes já havia sido recolhido 25 quilos de cocaína, avaliada em R$ 700 mil.

A ação foi da 1ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (1ª DPRM), sob comando do delegado Eduardo Hartz, e apresentou o resultado da nova fase da operação Clivium. Segundo Hartz, três integrantes da quadrilha foram presos e identificados e como os únicos tripulantes do “Caveirão da Morte” que saía às ruas para realizar execuções. O Instituo Geral de Perícias descobriu inclusive a identidade de duas vítimas que foram colocadas no porta-malas do veículo.

Primeira fase da operação Clivium
Durante a operação que ocorreu em junho, uma das maiores da Polícia Civil, foi desmantelada uma quadrilha liderada por uma família que atuava em Cachoeirinha, Gravataí, Porto Alegre e Sapucaia do Sul, praticando tráfico de drogas, homicídios, sequestro, lavagem de dinheiro e corrupção de menores. A ofensiva terminou com a prisão de 23 pessoas, em junho, mas ao longo dos 11 meses de investigação ocasionou a detenção de 60 suspeitos, entre eles o líder do grupo.

Um dos coordenadores da operação, o delegado Eduardo Hartz, comemorou o sucesso da operação e destacou que a Polícia Civil conseguiu prender pessoas que estavam inseridas em todos os setores da quadrilha

Hartz comentou na época que em uma das contas bloqueadas da quadrilha foi encontrado o valor de R$ 54 mil. "As contas foram bloqueadas nessa quarta-feira e ainda não tivemos acesso às demais contas. Trinta veículos foram sequestrados, assim como um terreno, além do cumprimento de 86 mandados de busca e apreensão", explicou.

O delegado chamou a atenção também para o poderio bélico da quadrilha. Segundo ele, uma pistola de 9mm, arma de uso exclusivo da polícia e do Exército, foi encontrada com os bandidos. Além disso, havia o recrutamento de menores. "A corrupção destes menores ocorria justamente para o tráfico de drogas. De acordo com a lei, por serem adolescentes, eles cometiam atos infracionais e não crimes. A quadrilha se valia disso também", acrescentou.

Mais de 600 policiais foram mobilizados para a operação da Polícia Civil. O nome da ofensiva é uma expressão latina que significa descida ou declínio.

fonte:correiodopovo.com.br
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