terça-feira, 6 de outubro de 2015

Peixe que anda, rã de olho azul e macaco que espirra: 211 novas espécies são descobertas no Himalaia

A rã 'Leptobrachium Bompu' tem olhos azuis com pupila vertical, semelhantes aos de gatos

A primeira imagem que vem à cabeça quando alguém fala na Cordilheira do Himalaia é a de picos gelados, incluindo a montanha mais alta do mundo, o Monte Everest.
Pouca gente sabe que a região é uma mais ricas do mundo em termos de biodiversidade. E o número de descobertas de novas espécies não para de crescer: um relatório divulgado nesta terça-feira pelo WWF, afirma que, desde 2009, 133 tipos de planta, 26 peixes e 10 tipos de anfíbios foram encontrados na região leste da Cordilheira, que engloba Índia, Nepal Butão, Mianmar e Tibete.

O "peixe andarilho" pode sobreviver fora d'água por até quatro dias

Entre eles estão uma rã de olhos azuis, uma cobra suicida e um peixe que anda. E há mamíferos também, incluindo um macaco que espirra toda vez que chove.

Tal biodiversidade se deve justamente à presença das montanhas, que criou diversos habitats isolados e com algumas espécies de fauna e flora que não podem ser encontradas em outros lugares do mundo.
Porém, o relatório do WWF alerta que a região está ameaçada pelas mudanças climáticas e pelo avanço humano: a entidade estima que apenas 25% dos habitats originais ainda estão intactos.

Uma rara imagem do macaco que "espirra"

"As novas descobertas alertam para a necessidade de protegermos esses ecossistemas, ou poderemos perder para sempre riquezas naturais únicas", afirma Heather Sohl, diretora da ONG no Reino Unido.
E algumas desses riquezas são bem incomuns. O macaco rhinopithecus strykeri, por exemplo, espirra todas as vezes em que chove por terem narizes com as narinas apontadas para cima. A água cai e provoca uma reação do sistema respiratório, forçando o animal a proteger-se colocando a cabeça entre as pernas.

O peixe que anda também provocou fascínio nos cientistas. Ele pode respirar fora d'água por até quatro dias e pode se arrastar pelo chão por pelo menos 400 m entre um lago e outro.

A víbora do Himalaia comete suicídio quando ameaçada

Já uma espécie de víbora chama a atenção tanto pelos padrões geométricos de suas escamas quanto pela prática de se matar usando o próprio veneno quando ameaçada - algo que surpreendeu os cientistas.

fonte:bbc.com
Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário