terça-feira, 15 de novembro de 2016

Trump será 'impichado', diz guru que previu vitória

Professor de História afirma que jeito imprevisível do novo presidente levará Congresso a afastá-lo, para empossar Mike Pence

Washington - A voz praticamente solitária que, na contramão das pesquisas e dos estatísticos, previra no início do ano a vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton afirma que o magnata sofrerá impeachment.

“Farei outra previsão”, vaticina o professor de História Allan Lichtman. “Esta não é baseada em sistemas, mas, sim, no meu instinto. Tenho certeza de que Trump dará motivos para que abram um processo de impeachment.”

Lichtman parte do princípio de que Trump é “imprevisível”. “O Congresso prefere alguém mais afável e conservador”, disse, em entrevista ao ‘Washington Post’. E essa figura seria Mike Pence, governador de Indiana alçado a vice-presidente na chapa justamente pelo bom trânsito no Partido Republicano, que controla Câmara e Senado — e teve sérios problemas com Trump durante a campanha.

Trump na visita ao Senado na sexta: Congresso pode preferir destituí-lo e empossar o afável Pence (E) - Efe

“Tenho certeza do impeachment. Ou Trump fará algo que ponha em perigo a segurança nacional, ou vai encher o próprio bolso”, afirma Lichtman, a despeito da promessa de Trump de abrir mão do salário de presidente — uns 30 mil dólares por mês.

Lichtman havia previsto a vitória de Trump ao apresentar 13 perguntas sobre o mandato de Obama e sua candidata, Hillary. Falta de carisma, insatisfação na economia e minoria no Congresso foram algumas das respostas desfavoráveis aos democratas.

Polêmica do dia
A equipe de transição de governo anunciou que Stephen Bannon, chefe de campanha do magnata e diretor do portal de notícias da direita alternativa ‘Briebart’, será o estrategista-chefe e conselheiro principal do presidente na Casa Branca.

O nome desagradou a muitos americanos, pois Bannon defende ideais controversos, como a supremacia branca. O staff de Trump confirmou que Reince Priebus, uma figura moderada e com bom trânsito no Partido Republicano, será o chefe de gabinete.

Já na Casa Branca, na primeira coletiva desde a eleição, Barack Obama confessou estar preocupado com os efeitos que a presidência do republicano Donald Trump possam ter no país. “O governo federal e nossa democracia não são uma lancha rápida, são um transatlântico. Isso nos exigiu muito trabalho. Eu lhe aconselhei que, antes que se comprometa com certas coisas, reflita”, explicou Obama.

“Se as coisas piorarem, o povo americano se dará conta muito rápido. Se melhorarem, serei o primeiro a felicitá-lo”, completou. “Eu lhe disse que o mais importante é como forma sua equipe, especialmente o chefe de gabinete, os conselheiros da Casa Branca, o Conselho de Segurança Nacional”, indicou.
Washington

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