sexta-feira, 30 de março de 2018

Amigo de Temer, coronel Lima vai depor à PF na manhã desta sexta

© Lima se aproximou do presidente Temer durante sua gestão na Secretaria de Segurança Pública do gover...

SÃO PAULO — Amigo do presidente Michel Temer, o coronel reformado da PM João Batista Lima será ouvido pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira como parte da investigação que apura suspeita de corrupção no Porto de Santos. A defesa de Lima chegou à Superintendência da PF, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, por volta das 8h30 para acompanhar o depoimento.

O advogado Maurício Silva Leite disse que teria uma conversa reservada com seu cliente antes do início do interrogatório policial. Segundo ele, não foi possível ter uma reunião com Lima na quinta-feira, pois ele estava hospitalizado. O depoimento, inicialmente marcado para as 9h, deve atrasar, mas ainda está previso para a manhã desta sexta-feira.

Os policiais federais tentam ouvir o depoimento do coronel Lima há nove meses. Ele vinha sendo intimado desde 1 de junho, mas sua defesa argumentou, reiteradas vezes, que o coronel reformado tinha problemas de saúde que o impediam de comparecer ao interrogatório.

Na manhã da última quinta-feira, ele foi alvo de um mandado de prisão temporária de cinco dias na Operação Skala, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, a pedido da procuradora-geral da República Raquel Dodge.

Ainda em casa, Lima passou mal quando os policiais federais chegaram para prendê-lo e foi levado de ambulância para o hospital Albert Einstein, de onde saiu no início da noite de quinta-feira para a carceragem da PF.

Amigo de Temer há mais de 30 anos, Lima começou sua relação com o presidente durante sua gestão na Secretaria de Segurança Pública do governo Franco Montoro em São Paulo. Segundo a investigação, ele é suspeito de arrecadar propina no esquema do Porto de Santos, área sob influência de Temer há mais de 20 anos.

Uma das suspeitas da PF é que a reforma da casa de uma das filhas de Temer, em 2014, feita pela mulher do coronel Lima, tenha sido paga com dinheiro do esquema de corrupção.

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