quinta-feira, 29 de março de 2018

Entenda o que a prisão de José Yunes significa para o governo Temer

Reprodução TV Gazeta

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O advogado José Yunes, 80, preso nesta quinta (29), é citado em inquérito sobre o decreto dos portos que investiga o presidente Michel Temer (MDB), o ex-deputado e ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) e um sócio e um diretor da empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos (SP).

A investigação apura se Temer praticou os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. José Yunes é próximo de Temer e citado no inquérito.

Editado em maio do ano passado, o decreto suspeito ampliou de 25 para 35 anos os prazos dos contratos de concessão e arrendamento de empresas que atuam em portos e permitiu que eles possam ser prorrogados até o limite de 70 anos.

Em junho de 2017, o então procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu a abertura de um inquérito para investigar o presidente Michel Temer e a edição do Decreto dos Portos. Segundo a PGR, há indícios de que o decreto assinado por Temer tenha beneficiado a Rodrimar.

À época, a Rodrimar afirmou não haver amizade entre seu dono, Antônio Grecco, e o presidente. "A Rodrimar informa que nunca pagou 'propina' ou 'caixinhas' a quem quer que seja. Isso já foi apontado em inquérito arquivado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Qualquer acusação neste sentido é falsa", disse a nota em junho. Grecco também foi preso nesta quinta.

Também é mencionado no inquérito o coronel João ​Baptista Lima Filho, aposentado da Polícia Militar de São Paulo e próximo do presidente Temer desde os anos 1980.

"É um absurdo", disse Yunes nesta quinta sobre a prisão, ordenada pelo ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). "É um caso em que eu já depus e tudo", afirmou.

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