terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Advogado de boliviana acusada em caso LaMia morre em audiência

Celia Castedo pediu asilo ao Brasil após o acidente com a aeronave que transportava a delegação da Chapeacoense

A funcionária da Aasana (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia) Celia Castedo Monasterio (Facebook/Reprodução)

O advogado Guido Colque, defensor da ex-funcionária da agência nacional de aviação civil da Bolívia, Celia Castedo, que é acusada de ter responsabilidade no acidente aéreo que vitimou a delegação da Chapecoense na Colômbia, morreu na noite desta segunda-feira de ataque cardíaco em uma audiência judicial por outro caso, informou uma fonte jurídica.

Colque participava de uma audiência em um tribunal do bairro Plan 3.000, na cidade de Santa Cruz, no leste da Bolívia, quando perdeu a consciência e acabou falecendo. “Ele sofreu um colapso em plena audiência. É inconcebível que, em uma casa de Justiça como a do Plan 3.000, não houvesse sequer um kit de primeiros socorros”, protestou o advogado Otto Ritter, amigo do falecido.

Ritter, que é um advogado criminalista em vários casos polêmicos, acrescentou que foi algo “desumano” o fato de a audiência ter continuado após a transferência de Colque a um centro médico para que fosse atendido.

O defensor ressaltou que, ao contrário de outras cidades bolivianas, apenas em Santa Cruz os tribunais estão descentralizados nos bairros, o que, segundo ele, aumenta o estresse de advogados e investigadores, que têm que se deslocar de um lugar para o outro.

Colque defendia Celia Castedo, a ex-funcionaria da Administração de Aeroportos e Serviços de Navegação Aérea (AASANA, sigla em espanhol) da Bolívia, que pediu asilo no Brasil, após ser acusada de não reportar o plano de voo da aeronave da empresa LaMia.

Celia foi a pessoa que fez observações sobre a autonomia do avião da LaMia que partiu de Santa Cruz e que, segundo as investigações, caiu antes de chegar ao aeroporto de Medellín por falta de combustível, causando a morte de 71 das 77 pessoas a bordo, entre membros da delegação da Chapecoense e jornalistas.

A promotoria boliviana empreendeu ações para solicitar ao Brasil a extradição de Celia Castedo, acusada de supostos crimes de descumprimento de funções, uso indevido de influências, desastres no meio de transporte, homicídio, homicídio culposo, lesões gravíssimas e lesões culposas.

(Com EFE)
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