quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Juiz aponta farsa e nega transferência de Marcos Valério

O publicitário pediu transferência para ficar mais próximo da cidade da mãe e da companheira, porém no endereço não vive nenhum parente de Valério

O públicitário Marcos Valério (Celso Junior/VEJA)

Marcos Valério Fernandes de Souza, que cumpre pena de 37 anos de prisão na Penitenciária Nelson Hungria, na cidade de Contagem, em Minas Gerais, é suspeito de prestar informação falsa à Justiça ao pedir transferência para uma outra unidade prisional de Minas – a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), da cidade de Lagoa da Prata.

No pedido de transferência ao Supremo Tribunal Federal (STF), Valério informou que sua mãe e sua companheira moravam na cidade. A solicitação foi aceita pelo ministro Luís Roberto Barroso em 19 de dezembro, sob a condição de que a decisão final caberia ao juiz da comarca local.

A Apac em Lagoa da Prata prevê assistência espiritual e orientação para atividades artísticas e o controle sobre os presos é bem mais ameno do que o feito nas penitenciárias do Estado. Ao negar a transferência, o juiz Aloysio Libano de Paula Junior disse que constatou, por visita própria e com o envio de oficial de justiça, que no endereço informado não viviam parentes de Valério.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que confirmada a suspeita de falsidade ideológica, poderá haver impacto na pena que Valério cumpre. A investigação será feita pela comarca de Lagoa da Prata.

A defesa argumentou no pedido de transferência que Valério vinha sofrendo ameaças na penitenciária e que o ambiente do presídio prejudica a delação premiada que ele negocia com a PGR. O advogado de Valério, Jean Robert Kobayashi, não comentou a decisão do juiz.

(Com Estadão Conteúdo)
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