sábado, 28 de janeiro de 2017

Auxiliares de Teori concluem audiências com delatores da Odebrecht

Último dos 77 executivos a ser ouvido foi o ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht, único que continua preso; próximo passo é a homologação pelo STF

O executivo Marcelo Odebrecht está preso desde 19 de junho, na 14ª fase da Operação Lava Jato (Vagner Rosário/VEJA.com)

Com a audiência de Marcelo Odebrecht, realizada na manhã desta sexta-feira na Justiça Federal em Curitiba, os juízes auxiliares que atuam no gabinete do ministro Teori Zavascki, morto no dia 19 em um acidente aéreo em Paraty (RJ), concluíram a tomada dos depoimentos para confirmar o teor dos acordos dos 77 executivos e ex-funcionários da empreiteira e que devem dobrar o tamanho das investigações da Lava Jato.

O caso agora está nas mãos da presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, que deve redistribuir a relatoria dos processos da Lava Jato na semana que vem. Após a morte de Teori, ela conversou com outros colegas da Corte e até com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e decidiu no começo da semana retomar o cronograma dos depoimentos da Odebrecht que havia sido estabelecido por Teori.

O antigo relator do caso no STF e seus juízes auxiliares dedicaram-se ao assunto nas férias e, com o acidente, o cronograma inicial foi interrompido. Mesmo com a morte do ministro, os auxiliares que atuam em seu gabinete permanecem trabalhando até que o sucessor de Teori assuma e decida sobre a equipe do gabinete.

O acordo de colaboração fechado com a Procuradoria-Geral da República prevê que apenas Marcelo Odebrecht continue na prisão até o fim deste ano. Ao todo, a pena prevista para Marcelo será de dez anos, sendo os dois primeiros na cadeia.

Ele está preso preventivamente por determinação do juiz Sérgio Moro desde junho de 2015, suspeito de pagar propina em troca de contratos na Petrobras. Depois desse período, no fim de 2017, passará a ter direito a progressões gradativas: dois anos e meio em regime fechado domiciliar, dois anos e meio no semiaberto e a última parte no regime aberto.

Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário