Deputado e o presidente do partido, Luciano Bivar, divulgaram comunicado na tarde desta sexta-feira com o anúncio, que não menciona 'filiação'
Uma carta assinada por Jair Bolsonaro e Luciano Bivar confirma a candidatura à presidência pelo PSL (PSL/Divulgação)
O deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSC-RJ) anunciou nesta sexta-feira que concorrerá ao Palácio do Planalto pelo Partido Social Liberal (PSL). Bolsonaro e o PSL divulgaram um termo de compromisso, assinado pelo deputado e pelo presidente do partido, Luciano Bivar, em que anunciam o entendimento. O documento, no entanto, não fala em “filiação” do presidenciável.
“É com muito orgulho que o PSL recebe o deputado Jair Bolsonaro e sua pré-candidatura a Presidência da República. Outrossim, é com muita honra que o deputado se sente abrigado pela legenda, e muito à vontade em um partido onde existe total comunhão de pensamentos”, diz o texto.
O comunicado ainda afirma que as prioridades tanto para Bivar quanto para Bolsonaro são “o pensamento econômico liberal, sem qualquer viés ideológico, assim como, o soberano direito a propriedade privada e a valorização das forças armadas e de segurança”. “Preservar as instituições” e “defender os valores e princípios éticos e morais da família brasileira” também são citados no termo, que anuncia a unificação dos objetivos do PSL e os “desejos de mudança” de Jair Bolsonaro.
Antes de aderir ao PSL, Bolsonaro havia negociado sua ida ao PEN/Patriota, que em setembro de 2017 chegou a divulgar propagandas na TV com imagens do deputado federal. Conforme o Radar publicou, no entanto, houve atrito entre Bolsonaro e dirigentes dos diretórios estaduais do partido. “Só tem ignorante na equipe dele”, disse um integrante do Patriota.
Livres
Depois do anúncio da chegada de Bolsonaro ao PSL, o Livres, ala do partido comandada por Sérgio Bivar, filho de Luciano, que rejeitava o deputado, anunciou a saída a legenda. “Agora, infelizmente, Livres e PSL tomam caminhos separados. A chegada do deputado Jair Bolsonaro, negociada à revelia dos nossos acordos, é inteiramente incompatível com o projeto do Livres de construir no Brasil uma força partidária moderna, transparente e limpa”, afirma o grupo, que cita como “inimigo” a “velha política”.
Com carta branca de Luciano Bivar, o Livres vinha comandando o PSL em pelo menos 12 diretórios estaduais — o do Paraná não é um deles.
“Os radicais livres vão ter que procurar outro partido”, afirmou o deputado Alfredo Kaefer ao blog VEJA Correspondentes – Paraná. Kaefer é um dos principais entusiastas da entrada de Jair Bolsonaro no PSL. “Com alguns ajustes, Bolsonaro transforma o PSL em protagonista na próxima eleição“, diz.
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