terça-feira, 26 de abril de 2016

Assista ao que acontece quando um avião de passageiros é derrubado de propósito


Quando você está comprando uma passagem de avião e escolhe um assento, sabe qual a região da aeronave oferece mais segurança em caso de queda? Um experimento radical buscou examinar o que o passageiro pode fazer para ter mais chances de sobreviver a uma queda.
Uma equipe de engenheiros com integrantes de diversos países se reuniu em 2012 no Deserto de Sonora, no México, para derrubar Big Flo, um Boing 727 comprado pela pechincha de US$450 mil. Este modelo foi escolhido por ser barato e ter uma fuselagem semelhante ao Boeing 737 utilizado atualmente.
O tempo total de voo foi de apenas 14 minutos. Depois de a equipe posicionar a aeronave e passar o controle de forma remota para um outro avião que acompanhava o Boeing de perto, os três pilotos saltaram de paraquedas por uma porta traseira.


Toda a experiência foi filmada e transformada no documentário The Plane Crash. Quem tem muito medo de voar de avião pode pular os primeiros 45 minutos do vídeo, que apresenta histórias de sobreviventes de acidentes famosos, e passar direto para o resultado do experimento e para as conclusões dos engenheiros.

Como aumentar suas chances

Nesse tipo de queda reproduzido no experimento, que é o mais comum registrado na aviação moderna, a área mais segura do avião é a traseira. Dificilmente alguém sobreviveria nos primeiros assentos dessa aeronave. A zona 1 recebeu a aceleração equivalente a 12 gravidades.

Já os assentos do meio da nave receberam a aceleração de 8g. Se houvessem passageiros ali, eles provavelmente sobreviveriam com ferimentos. Os assentos do fundo receberiam 6g, com muito mais chance de sobreviver que os da frente. Nesse caso a primeira classe se daria muito mal.

É importante lembrar, porém, que cada queda tem suas próprias características, e que se um incêndio começasse na parte de trás, por exemplo, dificultaria muito a fuga daqueles passageiros. No caso do experimento não houve incêndio.
Os engenheiros usaram bonecos de teste para comparar os resultados para o corpo humano ao adotar a posição de pouso de emergência ou não. Foi observado que o dummy que abaixou a cabeça e protegeu a nuca com as mãos sofreu menos impacto na coluna e na cabeça, mas provavelmente quebrou a parte inferior das pernas. Isso acontece porque com o peso do corpo sobre os joelhos no momento do impacto, os pés não têm outra opção a não ser irem para trás, onde são esmagados pelo ferro do encosto do pé do vizinho de trás.
Já o dummy que estava sentado normalmente bateu a cabeça, machucou a coluna e ainda foi atingido por pedaços do avião. Por isso, a recomendação continua a de adotar a posição de emergência.

Você como passageiro não pode fazer muito para evitar uma queda de avião, mas pode tomar medidas simples para aumentar suas chances de sair do local rapidamente em caso de evacuação: ao entrar no ambiente, identifique as saídas de emergência mais próximas e visualize o que faria se precisasse sair daqui.

Melhorias no avião
Com a queda, os engenheiros puderam identificar alguns pontos do design da aeronave que precisam ser melhor pensados. Um deles é que muitos fios se soltaram do teto do avião, o que dificultaria a saída de emergência dos passageiros.
Outro é que a saída de emergência é apertada para retirar um passageiro inconsciente ou com dificuldade de mobilidade. No experimento, uma situação sem pânico e desespero, os participantes tiveram dificuldade em retirar os dummies – que simulam um homem de tamanho médio – do avião. Qualquer pessoa um pouco maior já teria dificuldades em ser retirada.
Aqui vem uma boa notícia observada no experimento: o trem de pouso das asas se soltaram facilmente, conforme são projetados para fazer. Eles devem fazer isso para não danificarem os tanques de gasolina que ficam nas assas. Assim, há menos chances de começar um incêndio.

Já a melhor notícia trazida pelo documentário é que 78% dos passageiros desse “acidente” poderiam sobreviver. [Jalopnik]

Confira o documentário completo e lembre-se de que este ainda é o meio de transporte mais seguro:



fonte:hypescience.com
por Juliana Blume
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