quinta-feira, 14 de abril de 2016

OMS diz precisa de mais testes para confirmar relação de zika e microcefalia


A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou que são necessários mais estudos científicos para poder afirmar com exatidão que há vínculo direto entre a infecção com o vírus do zika e alguns casos de microcefalia em recém-nascidos.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) publicaram ontem um estudo no jornal "New England Journal of Medicine", que conclui que existe vínculo direto entre a microcefalia de alguns bebês e o contágio com o vírus durante a gestação.

Até o momento, a OMS afirmou que "existe um forte consenso científico" com relação à ligação direta entre a infecção com zika e problemas neurológicos, sejam no feto ou em adultos, dado o vínculo entre a aparição de casos de Síndrome de Guillain-Barré e um contágio prévio com o vírus.

Apesar do anúncio do CDC, a posição da OMS não mudou.

"Há um fluxo recente de estudos que apoiam a conclusão de que existe uma associação entre o zika e a microcefalia e a Síndrome de Guillain-Barré, mas é importante destacar que os cientistas não excluem a possibilidade de que outros fatores combinados a infecção do vírus do zika possam ser a causa das desordens neurológicas. É preciso ter mais pesquisas antes tirar qualquer conclusão nesta área", explicou à Agência Efe, porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic.

Ele acrescentou que a microcefalia pode aparecer como consequência de outras infecções, a exposição a químicos, anomalias genéticas; e que a Síndrome de Guillain-Barré é uma resposta autoimune do corpo perante uma infecção que pode ter diferentes origens.

Até o momento, os Estados Unidos não registraram transmissão do vírus em seu território, dado que todos os casos foram importados após o paciente viajar a zonas com incidência da doença ou por transmissão sexual. Este fato permitiu ao CDC investigar sem ter de levar em conta a possibilidade de uma dupla infecção com a dengue ou a febre chicungunha - doenças transmitidas pelo Aedes aegyti - ou por outros fatores ambientais.

"Diariamente, são publicados novos estudos sobre zika e suas complicações e o ritmo da pesquisa seguirá crescendo", concluiu Jasarevic.

fonte:saude.terra.com.br
imagem:www.bbc.com
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