sexta-feira, 29 de abril de 2016

Empresa afirma ter usado terapia genética para reverter o envelhecimento

O laboratório de biotecnologia BioViva anunciou que sua equipe usou terapia genética para prolongar as pontas dos cromossomos (chamados telômeros) para alterar o processo de envelhecimento das células.

Mais do que isso, a empresa afirma que a técnica foi utilizada em uma pessoa, a CEO da BioViva, Elizabeth Parrish. A empresa alega que o tratamento com Parrish começou há um ano, e que foi motivado por perda de massa muscular. Para driblar as leis norte-americanas sobre esse tipo de experimento em humanos, a CEO foi para a Colômbia, o que contribui para o clima cético encontrado na comunidade científica como resultado do anúncio.
Esta é Elizabeth Parrish, primeira pessoa a passar pelo experimento para rejuvenescer os cromossomos

Esta é Elizabeth Parrish, primeira pessoa a passar pelo experimento para rejuvenescer os cromossomos

Parrish tem 45 anos e a empresa garante que conseguiu alongar os telômeros de suas células no que representa 20 anos de rejuvenescimento. Ela foi escolhida porque exames mostraram que seus telômeros eram anormalmente curtos, o que a deixava mais vulnerável a ter doenças associadas à idade mais cedo do que o comum.

“Melhora na biotecnologia é a melhor solução [para doenças da velhice], e se esses resultados forem minimamente corretos, nós fizemos história”, afirmou ela no site da empresa.

Ainda sem estudo publicado, sem verificação independente e com uma amostra de apenas uma pessoa – sendo que essa pessoa é a CEO da empresa – é impossível confirmar essas informações.

Parecendo roteiro de filme de super-herói que ganha seus poderes como cobaia de um experimento maluco, essa história ainda aguarda um melhor posicionamento da BioViva. Resta saber se o laboratório vai publicar dados que possam ser analisados e criticados por outros cientistas.

Como o envelhecimento seria impedido?

A técnica que teria sido utilizada pela empresa na verdade já existe, mas até hoje só é usada em laboratório com células humanas em experimentos com medicamentos. A grande novidade anunciada por eles é que a técnica teria sido aplicada em uma pessoa.

Os telômeros ficam nas pontas de cada cromossomo, que contém a informação genética do organismo. Eles protegem o DNA do gasto natural que acontece conforme o tempo passa. São como aquelas pontas de plástico que ficam no cadarço dos tênis para que ele não desfie tão rapidamente.

Conforme células se dividem e passam a informação adiante, um pouco da ponta se perde no processo. Isso significa que conforme você fica mais velho, os telômeros ficam mais curtos até que a célula pare de se dividir e morra.

Células que se dividem 40 vezes mais antes de morrer
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Stanford (EUA) introduziu um tipo de RNA modificado, que foi projetado para estender os telômeros. Eles tiveram sucesso ao fazer com que o RNA não permitisse que essa região se encurtasse com o tempo, o que trouxe como resultado células que se dividem 40 vezes mais do que as células comuns. Seu efeito protetor, porém, passa em alguns dias. Assim, é possível prolongar a duração das células humanas nos experimentos com medicamentos. [IFLScience, BioViva]

fonte:hypescience.com
por Juliana Blume
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