terça-feira, 12 de abril de 2016

EUA alertam que impacto do zika pode ser "mais alarmante" do que o previsto


As autoridades de saúde dos Estados Unidos alertaram nesta segunda-feira que o possível impacto e propagação do zika no país é "mais alarmante" do que se esperava, ao perceberem que o mosquito que transmite o vírus está presente em 30 estados do país, ao invés de 12.

"Tudo o que estamos vendo sobre este vírus parece ser mais alarmante do que pensávamos originalmente", comentou em entrevista coletiva na Casa Branca a médica Anne Schuchat, diretora adjunta dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês).

Na mesma linha, o diretor dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, em inglês), o médico Anthony Fauci, disse que o zika é um vírus "muito incomum" e que é necessário "conhecer muito mais" sobre ele e seus efeitos nos seres humanos.

"Quanto mais aprendemos sobre o zika, mais preocupados ficamos pelo alcance do que este vírus está fazendo", enfatizou Fauci.

De acordo com Schuchat, as autoridades de saúde acreditam agora que o mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika, está presente em 30 estados americanos, mais que os 12 que tinham sido calculados inicialmente.

A diretora adjunta dos CDC declarou que o governo está "bastante preocupado" com a situação em Porto Rico, onde antecipou que os infectados podem chegar a "centenas de milhares" e "talvez a centenas de bebês afetados".

Ainda não há grandes números de casos de transmissão local do zika no território continental dos Estados Unidos, "mas é preciso estar preparado", advertiu Schuchat.

Segundo os últimos números do Departamento de Saúde de Porto Rico, foram confirmados 436 casos do vírus neste ano, dos quais 60 são mulheres grávidas.

De acordo com os CDC, até o dia 6 de abril foram reportados nos Estados Unidos 346 casos de transmissão de zika associados a uma viagem a uma das zonas afetadas, 32 dos quais eram mulheres grávidas, sete foram transmitidos sexualmente e um apresentou a síndrome neurológica de Guillain-Barré.

O vírus do zika circula atualmente em grande parte dos países da América e, apesar de causar sintomas leves entre a maior parte dos infectados, o grande temor tem a ver com sua provável relação com casos de microcefalia em recém-nascidos e a síndrome de Guillain-Barré.

Sobre o andamento das pesquisas nos EUA sobre os tratamentos e prevenção do vírus, Fauci afirmou que setembro continua sendo a provável data para a primeira fase de testes da vacina desenvolvida pelos NIH.

"Realmente, não temos tudo o que necessitamos", disse Fauci sobre os recursos disponíveis para a pesquisa, ao lembrar que foi necessário recorrer ao dinheiro "de outras áreas" perante a inação do Congresso para autorizar os US$ 1,9 bilhão solicitados pelo presidente Barack Obama em fevereiro.

Na semana passada, o governo anunciou que destinará US$ 589 milhões, a maior parte procedente de fundos já aprovados para combater o ebola, à luta contra o zika perante a impossibilidade de contar com os US$ 1,9 bilhão solicitados por Obama.

Esse dinheiro transferido da verba para a luta contra o ebola "ajudará a chegar um pouco mais longe, mas ainda não é o que foi pedido", insistiu Fauci.

fonte:saude.terra.com.br
imagem:ozikavirus.com
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