sábado, 19 de agosto de 2017

Operação prende oficiais investigados por fraude

Coronel é denunciado por participação em esquema de desvio do Fundo de Saúde da PM

O coronel Decio Almeida Silva — um dos principais delatores do esquema de corrupção no Fundo de Saúde da Polícia Militar (Fuspom), que pode chegar a R$ 16 milhões — foi denunciado à Justiça nas últimas quatro ações do Ministério Público (MP) sobre as fraudes no órgão. Os processos resultaram ontem em nova operação da Corregedoria da Polícia Militar, da Secretaria de Segurança e do MP para prisão preventiva de sete oficiais. Segundo a PM, até o início da noite faltava apenas um oficial para ser capturado.

Esquema de corrupção no Fuspom pode chegar a R$ 16 milhões - Reprodução Internet

Promotores ainda analisam se Decio, que responde às novas ações em liberdade, vai perder os benefícios da delação premiada, como redução de pena, por ter omitido informações ao Ministério Público. Na operação de ontem um dos principais alvos era o coronel Ricardo Coutinho Pacheco, ex-chefe do Estado-Maior Geral Administrativo da PM. Ele ganhou o direito à prisão domiciliar concedido pela juíza da Auditoria da Justiça Militar, Ana Paula Monte Pena Barros, por estar com problemas de saúde. Pacheco só tem autorização da magistrada para sair de casa para ir a consultas médicas.

Nos últimos dois meses, novas quatro ações do MP foram oferecidas à Justiça. Em duas delas, chama a atenção as denúncias contra o coronel Armando Porto Carreiro de Souza, ex-diretor do Hospital Central da PM (HCPM). O oficial é acusado duas vezes por crime de peculato. A pena varia de três a 15 anos de prisão.

Dois casos são relatados: um sobre o desvio de R$ 444.523,66 sobre a compra de 2.050 unidades de papel cirúrgico da Gama Med 13 Comércio de Serviços Ltda, mas foram entregues apenas 524 e o outro sobre a aquisição de 4.600 kits cirúrgico, também da Gama Med, que foram realmente enviados 2.993 ao hospital e faltaram ainda a entrega de 121 aventais cirúrgicos. O prejuízo foi calculado em R$ 340.495.

O grupo de 11 acusados é apontado pela fraude de contratos do Fuspom tanto com a Gama Med, para compra de medicamentos e insumos, quanto a Comercial Feruma, para compra de roupas hospitalares para o HCPM, no Estácio, e para o Hospital da corporação, em Niterói. Ao todo, as novas fraudes estão estimadas pelos investigadores em R$ 4,5 milhões.

Entre os denunciados com novo pedido de prisão preventiva decretada estão o coronel Ricardo Pacheco e o coronel Kleber dos Santos Martins, ex-diretor geral de Administração e Finanças, presos desde de 2015. Além deles, a capitã Luciana Franklin, ex-chefe da Central de Material Hospitalar do HCPM e do HPM- Niterói; o subtenente e ex-auxiliar administrativo HPM-Niterói, Marcelo Almeida; o tenente coronel Marcelo Olímpio de Almeida; o capitão Edson da Silva e o tenente João Jorge de Souza.

por Adriana Cruz
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