terça-feira, 15 de agosto de 2017

PF cumpre mandados de busca e apreensão contra ex-secretário Rodrigo Bethlem

Ação faz parte de um desdobramento da Operação Ponto Final, da Lava Jato no Rio

Rio - A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça-feira, dois mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados ao ex-secretário municipal e ex-deputado Rodrigo Bethlem. A ação é um desdobramento da Operação Ponto Final, da Lava Jato no Rio. Por volta das 5h, os agentes chegaram ao condomínio Península, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O ex-secretário do governo do ex-prefeito Eduardo Paes foi encontrado em casa e intimado a dar depoimento, mas não é obrigado a comparecer no local.

PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Rodrigo Bethlem - Paulo Alvadia / Agência O Dia / Arquivo

O Ministério Público Federal (MPF) apura mensagens encontradas em celulares de presos na operação, que investiga desvios no setor de transportes. De acordo com o órgão, as mensagens, enviadas entre janeiro e dezembro do ano passado, mostram que Betlhem seria intermediário de um esquema criminoso ligado à prefeitura.

No dia 28 de dezembro de 2016, Bethlem disse ao presidente da Fetranspor Lélis Teixeira "tranquilizar a turma". Segundo o MPF, as mensagens contêm indícios de acordos ilícitos. No mês passado, a primeira fase da Operação Ponto Final prendeu o empresário Jacob Barata Filho enquanto ele tentava embarcar para Lisboa, em Portugal, no Aeroporto Internacional Tom Jobim.

Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão contra ex-secretário Rodrigo Bethlem - Reprodução TV Globo

Justiça bloqueia R$ 86 milhões de Rodrigo Bethlem e de mais nove acusados

A 3ª Vara da Fazenda Pública do Rio decretou, em junho, a indisponibilidade dos bens e bloqueio de cerca de R$ 86 milhões do ex-secretário municipal de Assistência Social do Rio e ex-deputado federal Rodrigo Bethlem e de mais nove acusados por improbidade administrativa e irregularidades envolvendo possível desvio de recursos públicos para as ONGs Casa Espírita Tesloo e Central de Oportunidades.

As investigações resultaram em duas ações propostas pelo MP. Na primeira ação, os acusados tiveram os bens bloqueados no valor de R$ 60 milhões. Na segunda, a juíza Mirela Erbisti determinou o bloqueio de R$ 26.392.131,92.

A magistrada também determinou a quebra dos sigilos bancários e fiscais e das faturas de cartões de crédito de titularidade e/ou responsabilidade dos dez acusados, entre o período de 2009 a 2014.

Além de Bethlem, também respondem pelas irregularidades Luiz Medeiros Gomes (ex-assessor de Rodrigo), Goethe dos Santos Maya Vianna, Álvaro Basílio Neiva, Welington de Araújo Dias, Carmelo de Luca Neto, José Mantuano de Luca Filho, e ainda, a ONG Central de Oportunidades, Associação dos Condutores de Transporte Alternativo (Coop-Rio) e Comercial Milano Brasil.

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