sexta-feira, 19 de julho de 2013

Polícia cumpre mandados de prisão contra suspeitos de tortura no Paraná

Tayná tinha 14 anos e morreu em Colombo; suspeitos da morte foram soltos.
Ele alegaram ao MP-PR que confessaram o crime após serem torturados.


Tayná foi encontrada morta por moradores no dia 28 de junho (Foto: Reprodução / RPC TV)

A Polícia Civil informou que onze dos 14 mandados expedidos pela Justiça contra os suspeitos de terem torturado os quatro homens presos logo após o crime da adolescente Tayná Adriane da Silva, em Colombo, na Grande Curitiba, tinham sido cumpridos até a manhã desta quinta-feira (18).
Entre eles estão nove policiais civis, um policial militar e um agente da Guarda Municipal. Todos se apresentaram espontaneamente entre a noite de quarta-feira (17) e manhã desta quinta (18) e negaram as acusações. Um detento de Araucária também está na lista dos 14 suspeitos e permanece preso.
Um agente carcerário, que também teve o mandado expedido, entrou em contato com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e informou que vai se apresentar no período da tarde desta quinta-feira. O delegado Silvan Rodney Pereira também está entre os suspeitos e ainda não se apresentou.

O advogado dele, Claudio Dalledone Júnior, também negou as acusações contra o cliente e disse ao G1 que está estudando o decreto de prisão preventiva para estabelecer a melhor forma de revogá-lo. Ele reiterou que nessa quinta-feira o cliente ainda não iria se apresentar. Segundo a Polícia Civil, o prazo final para a apresentação do delegado é até o início desta noite. Caso isso não aconteça, ele passa a ser considerado como foragido.
O grupo teve as prisões decretadas logo após um depoimento dos quatro homens suspeitos de ter cometido o assassinato da menor ao Ministério Público (MP-PR). Segundo o MP, eles só confessaram o crime porque foram vítimas de tortura. A coordenadora da coordenadora dos direitos humanos da OAB Federal, Isabel Kugler Mendes, relatou ao G1 que as torturas ocorreram nas delegacias de Colombo (para onde foram levados inicialmente), em Campo Largo, Araucária e na Casa de Custódia de Curitiba. Segundo Isabel, o grupo foi submetido à sessões de choque e que foram sufocados com sacos plásticos.
Os quatro suspeitos de cometer o crime da Tayná foram soltos na noite de segunda-feira (15) por falta de provas, segundo o MP. Todos os presos suspeitos de cometer tortura foram levados para a Delegacia de Furtos e Roubos. A Corregedoria da Polícia Civil e o Gaeco investigam o caso.
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse, na manhã de segunda-feira (15), que todos os policiais suspeitos de cometer tortura "serão punidos".

Entenda o caso
Tayná morava com a família em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela desapareceu no dia 25 de junho. O corpo foi encontrado três dias depois por moradores em um terreno em frente a um parque de diversões. O crime da adolescente chocou os moradores do bairro, que protestaram e provocaram um incêndio no parque de diversões.

A mãe de Tayná, Cleuza Cadomá da Silva, relatou que a filha tinha saído de casa para ir até a casa de um amigo. Como ele não estava em casa, a garota seguiu para a casa de uma amiga. Tayná chegou a mandar uma mensagem de texto pelo celular para a mãe dizendo que estava voltando para casa, mas desapareceu. "Esse crime não vai ficar impune porque eu não vou deixar. Eu sempre vou correr atrás, eu quero notícia, eu quero informação (...). Meu coração está despedaçado", desabafou.

fonte:http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2013/07/policia-cumpre-mandados-de-prisao-contra-suspeitos-de-tortura-no-parana.html
Adriana Justi - Do G1 PR
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