Operação "Comigo não, violão" reuniu policiais de 14 Delegaciais Especiais de Atendimento à Mulher
Rio - Policiais de 14 Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (DEAMs) prenderam, nesta segunda-feira, 63 suspeitos de violência sexual e doméstica no Rio. Do total, 28 homens foram presos em Niterói e São Gonçalo. Também foram apreendidas quatro armas, sendo duas pistolas, uma espingarda e um revólver. O grupo foi detido durante a operação "Comigo não, violão".
Homens suspeitos de violência contra a mulher são presos durante operação da Polícia Civil - Divulgação
De acordo com informações da polícia, o nome da ação faz uma alusão ao ditado popular "que significa a recusa para alguma atividade ou algo impossível de ser realizado". Além disso, a operação relembra o aniversário de 11 anos da Lei Maria da Penha. "É uma lei importantíssima para as mulheres vítimas de violência. Criamos uma visão, com uma resposta mais célere aos crimes. Antes, eram apenas penas alternativas", disse Márcia Noeli, coordenadora do Divisão de Polícia de Atendimento a Mulher (Depam), durante apresentação do balanço da operação.
Apesar dos resultados da ação, o combate à violência contra as mulheres ainda enfrenta dificuldades pela subnotificação dos casos. "A conscientização da mulher ir à delegacia ainda nos preocupa. Em casos de violência doméstica, qualquer pessoa pode ir à delegacia e denunciar. Mas injúria e ameaça, só a mulher pode fazer a denúncia. Por isso temos que falar a essa mulher para dizer sempre 'comigo não, violao', complementou Márcia.
Polícia cumpriu mandados de prisão durante a manhã e tarde desta segunda. Ação relembra os 11 anos da Lei Maria da Penha - Divulgação
Mesmo com as dificuldades, a polícia citou um avanço no combate a violência contra a mulher. Desde a tipificação do crime de feminicidio, em 2015, o número de casos apurados e representados com prisões aumentou 90%, segundo Márcia.
A coordenadora do Depam também ressaltou que a Polícia Civil está sempre capacitando seus agentes para atendimento a mulheres vítimas de violência e contou que temáticas como transgêneros e pornografia de revanche serão abordadas em seminários para concientização da população sobre esses crimes.
por Alessandra Monnerat
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