Cabo Johnerson está recluso no Presídio Militar de Alagoas.
Crime aconteceu em 2016; pedreiro passava pelo local e também morreu.
Crime aconteceu em 2016; pedreiro passava pelo local e também morreu.
Adolescente e jovem foram mortos em ação da polícia (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
O cabo da Polícia Militar Johnerson Simões Marcelino, acusado na morte dos irmãos Josivaldo Ferreira Aleixo e Josenildo Ferreira Aleixo em 2016, na parte alta de Maceió, está recluso no presídio militar. O cabo também é acusado de homicídio culposo contra o pedreiro Reinaldo da Silva Ferreira.
A informação foi confirmada pelo juiz Geraldo Amorim, titular da 9ª Vara Criminal da Capital. O magistrado informou que decretou a prisão preventiva por tempo indeterminado. O decreto foi emitido no dia 22 de fevereiro e, segundo Amorim, a prisão aconteceu no final do mês.
A assessoria da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) conformou a prisão, mas disse que o diretor não soube informar a data exata em que o militar deu entrada na unidade.
O crime ocorreu no dia 25 de março de 2016, na Rua São Pedro, localizada no Conjunto Village Campestre II, no bairro Cidade Universitária. Segundo a versão dos PMs que participaram da ocorrência, os irmãos reagiram e houve troca de tiros. Ferreira, que passava pelo local, acabou sendo atingido e também morreu. Porém, a promotoria contesta essa versão.
A assessoria de comunicação da PM informou que o cabo responde a um procedimento administrativo na corporação e que irá se defender perante a Justiça.
O Ministério Público (MP) havia solicitado a prisão do suspeito por homicídio doloso e duplamente qualificado. O pedido foi feito pela 49ª Promotoria de Justiça da Capital. A acusação é que o assassinato foi praticado com dois agravantes: motivo torpe e por recurso que tornou impossível a defesa das vítimas.
O PM ainda deve responder, em conjunto com o soldado Jailson Stallaiken Costa Lima, outro militar que participou da ação policial que vitimou os irmãos, por fraude processual, já que ambos teriam implantado armas e munições entre os pertences das vítimas para forjar uma reação armada.
De acordo com a denúncia, no dia do crime o cabo integrava uma guarnição e fazia uma patrulha de rotina nas ruas do conjunto Benedito Bentes, quando recebeu a informação que dois assaltantes estavam agindo no Conjunto Village Campestre II.
Ao chegar no local informado, junto aos outros PMs, o denunciado abordou os dois irmãos e, a partir daí, teria ocorrido “uma série de ações desastrosas que culminaram nos homicídios”.
Na ação, o promotor relata que depoimentos de testemunhas confirmaram que dois militares da guarnição iniciaram agressivamente as revistas, razão pela qual Josenildo, a vítima de maior idade, ao assistir o irmão ser agredido, passou a defender Josivaldo. Teria sido nesse momento que o denunciado, que assitia a abordagem encostado na viatura, realizou os disparos.
por Carolina SanchesDo G1 AL
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