sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Pastores suspeitos de matar o adolescente Lucas Terra vão a júri popular

Lucas Terra, de 14 anos, foi morto em 2011 (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Os dois pastores suspeitos de participação na morte de Lucas Terra dentro da Igreja Universal do Reino de Deus, em Salvador, vão a júri popular. As informações são do advogado da família da vítima, Daniel Keller.

Keller disse que o Tribunal de Justiça da Bahia determinou por unanimidade e reformou a decisão da juíza de primeira instância que havia decidido que os suspeitos não iriam a júri popular. Segundo ele, a decisão ainda cabe recurso.

Daniel Keller ainda relatou que a família de Lucas Terra tem esperanças da condenação dos dois pastores. “Eles receberam a notícia com extrema felicidade. Eles tinham ficado muito decepcionados e agora eles conseguiram revigorar as esperanças de que os dois sejam condenados”, disse.

Relembre
O adolescente tinha 14 anos e seis meses quando sofreu abuso sexual e foi queimado vivo no mês de março de 2001. A família não é evangélica e, segundo o pai, ele passou a ir aos cultos porque se apaixonou por uma adepta e começou a namorá-la.

Ex-pastor, Silvio Roberto Galiza foi condenado a 18 anos de prisão, depois reduzida a 15, e cumpre em pena em regime aberto.

Carlos Terra, pai da vítima, aponta como motivo para o crime o fato de seu filho ter flagrado os dois pastores fazendo sexo, com base no testemunho do ex-pastor Galiza, dado depois da condenação. Em novembro de 2013, a juíza Gelzi Almeida, da Vara do Júri, havia decidido que os dois pastores suspeitos de participação na morte de Lucas Terra foram impronunciados por falta de provas e, portanto, não seriam submetidos a júri popular.

Na decisão, a juíza justificou que não haviam provas, apenas o relato de Galiza contra os pastores, além de depoimentos contraditórios de outras pessoas. A magistrada afirmou na época que os fatos narrados na denúncia não tinham qualquer prova e nem mesmo as declarações do condenado serviam para sustentá-los.

Em complemento, Gelzi Almeida ainda afirmou que a versão revelada por Galiza era frágil, tinham falas “fantasiosas” e não se sustentava sozinha. Com base nisso, ela descartou a possibilidade dos suspeitos serem levados ao júri.

Com informações do G1
fonte:adiberj.org
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