segunda-feira, 7 de setembro de 2015

'Pensei em meu filho', disse policial que recolheu corpo de menino sírio

Policial também tem filho de 6 anos e disse ter se colocado no lugar do pai da criança

"Quando me aproximei do menino disse a mim mesmo: 'Meu Deus, espero que ele esteja vivo'. Mas ele não mostrava sinais de vida. Fiquei devastado", contou o policial Mehmet Ciplak à agência turca Dogan.

"Tenho um menino de seis anos. Quando vi o pequeno pensei em meu filho e me coloquei no lugar de seu pai. Não consigo colocar em palavras a visão triste e trágica que foi aquilo", lembrou.

Ciplak acrescentou que não sabia que a naquele momento estava sendo feita a fotografia que rodou o mundo e se tornou o símbolo do drama dos refugiados sírios.

Na quarta-feira, 12 refugiados se afogaram quando dois botes afundaram entre a Turquia e a Grécia.
Aylan foi enterrado na sexta-feira na cidade síria de Kobane, também símbolo da resistência dos curdos que vivem no país frente aos jihadistas da organização Estado Islâmico (EI).
O irmão de quatro anos de Aylan, Khaleb, e sua mãe, Rihana, também morreram afogados. O único sobrevivente foi o pai, Abdullah, que voltou a Kobane para o enterro da família.

Naufrágio
Pelo menos nove sírios morreram, segundo a agência AFP -- outros veículos já citam 12. As duas embarcações haviam partido do balneário turco de Bodrum e tentavam chegar à ilha grega de Kos.

A foto virou um dos assuntos mais comentados no Twitter e diversos veículos da imprensa internacional o destacaram como emblemática da gravidade da situação, até mesmo com potencial para ser um divisor de águas na política europeia para os imigrantes.
O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, disse que a morte do menino sírio mostram a necessidade de ação urgente da Europa na crise migratória. "Ele tinha um nome: Alyan Kurdi. Ação urgente é necessária - uma mobilização da Europa inteira é urgente", escreveu Valls em sua conta no Twitter nesta quinta-feira.

Na quarta-feira, Itália, França e Alemanha assinaram um documento conjunto pedindo pela revisão das atuais regras da União Europeia sobre garantia de asilo e uma distribuição "justa" de imigrantes no bloco, informou o Ministério das Relações Exteriores da Itália.

fonte:correiodoestado.com.br
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