Uma jovem recém-casada morreu de uma forma rara de câncer do colo do útero, após seu médico diagnosticar erroneamente seus sintomas como uma infecção urinária. Emma Fisk, de 25 anos, visitou seu médico 10 vezes após sofrer dores de estômago.
Ela chegou a pedir por um exame de medula óssea, que foi recusado porque ela não tinha idade suficiente no momento. Apenas em 2014 ela conseguiu realizar o exame e descobriu estar sofrendo com um avançado tumor neuroendócrino, um tipo raro de câncer.
Ela namorava Dan Fisk há 8 anos, que resolveu pedi-la em casamento logo após seu diagnóstico, em junho do mesmo ano. Mas, em dezembro de 2014, os médicos disseram que ela tinha apenas seis meses de vida. Ela morreu em junho, meses após o casal de Selby, North Yorkshire, na Inglaterra, ter casado.
O carcinoma neuroendócrino do colo do útero não é o mesmo tipo de câncer do colo do útero que a maioria das pessoas conhecem. A literatura médica destaca que um exame de medula, que detecta células pré-cancerosas, dificilmente detecta este tipo de câncer.
Apesar disso, sua família, devastada, lançou uma campanha para reduzir a idade recomendada por especialistas para que as mulheres possam realizar os exames, em uma tentativa de salvar suas vidas. "Se as meninas pudessem fazer o exame de medula entre 18 e 24 anos, a nossa bela Emma ainda poderia estar aqui. Ela estava em forma e saudável, não fumava, não usava drogas e nem bebia. Ela era a filha modelo”, disse a mãe, Adele Willis.
Quando Emma começou a sofrer dores de estômago e ter hemorragia, em 2013, além do exame de medula ter sido recusado, os médicos disseram que ela não tinha nada grave, podendo ser apenas infecções urinárias ou problemas intestinais. Em dezembro de 2013, ela foi diagnosticada com colite ulcerosa, que causa inflamação e úlceras no revestimento do intestino grosso, mas após contar ao especialista sobre a hemorragia que ela estava sofrendo, ele percebeu o erro.
Apesar disso, ele disse que ela era jovem demais para o exame de medula, e disse para esperar seis meses até que ela completasse 25 anos, em outubro. Depois de semanas de protestos, ela finalmente conseguiu seu direito, em abril de 2014, revelando anormalidades.
Ela foi chamada para um teste, mas estava tão doente que o médico não conseguiu realizá-lo, pois seu colo do útero começou a sangrar e se ‘desintegrar’. Semanas depois, foi confirmado que ela tinha câncer. Em junho ela iniciou a quimioterapia. Após três ciclos do tratamento, ela começou a radioterapia, em agosto, durante oito semanas.
Mas a família ficou horrorizada quando uma ressonância magnética, em dezembro, revelou que o tumor havia voltado e se espalhado para seu fígado e estômago. Emma e Dan resolveram se casar o mais rápido possível, em janeiro. Apesar dela ter morrido pouco depois, ela conseguiu realizar seu maior sonho. Agora, a família pretende seguir com a campanha no Parlamento Britânico, para conseguir salvar outras vidas, no futuro.
Daily Mail Foto: Reprodução / Daily Mail
fonte:jornalciencia.com
por Bruno Rizzato
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