quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Mulher morre após ser ferida em assalto no Recreio, Rio

Ana Lúcia Neves chegou a ir para hospital, mas não resistiu.
Bairro teve ao menos outros dois assaltos com feridos em menos de 24 h.

Ana Lucia ao lado do marido, presidente do trem do Corcovado, Sávio Neves (Foto: Reprodução/Facebook)

Uma mulher identificada como Ana Lúcia Neves, de 49 anos, morreu após ser ferida durante assalto no Recreio, na Zona Oeste do Rio, no início da tarde desta quarta-feira (2). A vítima foi levada para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra, também na Zona Oeste, e não resistiu à cirurgia, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

Ana Lúcia deixa três filhos e um viúvo, Sávio Neves, que é diretor do Trem do Corcovado, sobrinho-neto de Tancredo Neves, sobrinho do senador Francisco Dornelles e primo do senador Aécio Neves.
"Um choque imenso. Difícil de acreditar até agora", lamenta Elza Calada, assessora de imprensa de Sávio. "Mais um caso inexplicável."

Causa da morte incerta
A vítima saía da academia Rio Sport Center quando foi abordada. Segundo os médicos, ela foi ferida com uma facada no tórax. Bombeiros que a socorreram informaram inicialmente que foram chamados para socorrer uma mulher que havia sido baleada. Às 15h, a corporação confirmou que a informação correta sobre a causa da morte seria a dada pelos médicos.

Agentes da 42ª DP (Recreio), no entanto, informaram que foi achada uma cápsula de bala no local do crime, durante a perícia. A Divisão de Homicídios vai investigar o caso. O corpo dela será levado para o Instituto Médico Legal, que dará o laudo oficial sobre a causa da morte.

Carro da Divisão de Homicídios na porta do Lourenço Jorge (Foto: Henrique Coelho/G1)

Policiais do 31º BPM (Barra da Tijuca) realizam buscas na região durante a tarde para tentar achar os suspeitos.
A morte ocorre pouco mais de três meses após o médico Jaime Gold também ser assassinado a faca durante o assalto, em 19 de maio, na Lagoa, Zona Sul da cidade.

Estudante foi esfaqueada no braço na mesma região - (Foto: Reprodução/Facebook)

Mais feridos
Na terça-feira (1º), uma jovem de 24 anos foi esfaqueada no braço durante um assalto na Rua Mauricio da Costa Faria, por volta das 20h30. De acordo com a estudante Mila Filippo, o assaltante teria aproximadamente 13 anos e ela teria reagido ao assalto por não ter visto que o menino estava com uma faca.
"Eu estava andando sozinha na rua quando ele puxou a minha mochila. Eu falei 'solta!', e ele falou 'me dá, patricinha! Está me sacaneando?'. Eu vi que ele era criança e puxei de volta", disse Mila.
Ainda segundo a estudante, o menor abriu o bolso da frente da mochila, onde tinha R$50 e a chave dela.

"Ele pegou o dinheiro e pediu o celular, mas eu falei que não tinha mais nada porque fui assaltada outro dia e levaram o meu celular. Foi aí que ele me deu três tapas na cara, me pegou pela nuca e me deu nove cortes no braço, de propósito, com a faca", disse Mila.

Baleado
Na manhã desta quarta-feira (2),um homem foi baleado em outra tentativa de assalto. De acordo com policiais do 31º BPM (Barra da Tijuca), ele foi atingido na mão próximo ao terminal Alvorada.
Ele também foi levado para o Hospital Lourenço Jorge. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Milton Nunes passa por atendimento e seu estado de saúde é estável.

Lei proíbe porte de arma branca
No dia 29 de junho deste ano, o governador Luiz Fernando Pezão sancionou a lei 7.031/2015, que proíbe o porte de arma branca no estado do Rio de Janeiro. De acordo com o texto, fica proibido o porte de objetos cortantes como facas, canivetes e estiletes com lâmina maior que dez centímetros. A lei prevê multa de R$ 2,4 mil a R$ 24 mil para quem descumprir a norma.

Autor do projeto de lei, o deputado Geraldo Pudim justifica a proposta pela ausência de "instrumentos legais para punir aqueles que portam armas brancas com o claro fim de cometer crimes" e da "grande repercussão" de crimes deste tipo — o mais emblemático deles, o do médico Jaime Gold, assassinado quando andava de bicicleta na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Pessoas que usam facas para trabalho, como chefes de cozinha, não serão prejudicadas pela lei, uma vez que se enquadrarão no termo "transporte", e não porte. Os objetos que estiverem guardados em mochilas, sacolas ou embalagens e com nota fiscal não serão confiscados.

fonte:g1.globo.com
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