quarta-feira, 24 de abril de 2013

A bizarra física de gotas de vidro explosivas


Clicando no botão “Legendas”, você pode ativar a legenda em inglês ou português do vídeo.

O canal do Youtube “Smarter Every Day” realizou um experimento para mostrar um fenômeno muito curioso conhecido como “gota do Príncipe Rupert”.
Segundo o vídeo, a experiência nunca foi mostrada na internet. Destin, um dos autores do canal, se encontrou com Cal, da Orbix Hot Glass. Juntos, eles aqueceram um pedaço de vidro, e em seguida o colocaram em um balde com água fria.

Assim que o vidro esfria, adquire uma forma peculiar, que lembra um girino. Esse simples pedaço de vidro, entretanto, não é um simples pedaço de vidro – ele tem algumas propriedades mecânicas interessantes.
Você pode acertá-lo com um martelo, por exemplo, que ele não vai quebrar. No vídeo, você pode ver na primeira tentativa dos meninos que a gota sequer se racha ao ser martelada. No entanto, na segunda tentativa, ao ser acertada com mais força, a gota aparentemente se quebra.
Usando uma câmera de alta velocidade, Destin mostra que, mesmo tenha parecido que a gota foi quebrada, não foi bem isso que aconteceu. Após ser acertada com um martelo, ela continuou inteira, em seguida explodindo – se desmanchando em milhares de estilhaços.
O interessante vem em seguida: as imagens em slow motion revelam que, como previsto, não foi o martelo que fez a gota explodir – e sim o movimento em serpente da cauda, que se contorce rapidamente, disparando a explosão.
Esse é o segredo deste fenômeno bizarro: você pode tentar acertar a gota de todas as formas, que ela não vai se quebrar; mas, se você relar, mesmo de leve, em sua cauda, a coisa toda vai literalmente explodir.
Destin mostra a explosão estranha em várias velocidades, como 3.000 quadros por segundo (frames por segundo, ou fps) e 100.000 fps, nas quais podemos ver claramente que, só de encostar na cauda, cada pedaço do vidro começando por ela até a “cabeça” da gota se estilhaça.

A física por trás da gota do Príncipe Rupert
Usando um polariscópio, que é basicamente um vidro filtrado polarizado usado para verificar se uma luz emana diretamente de uma fonte ou se já sofreu o fenômeno da polarização, Destin coloca outro filtro sob a lente da câmera, e a gota no meio dos dois, de forma que o telespectador pode dar uma olhada na estrutura interna do vidro.
O que vemos é um estresse interno que se criou dentro da gota. E como todo esse estresse foi parar lá?
Destin usa cores como metáforas para explicar o fenômeno. Cinza representa vidro sólido. Vermelho representa vidro derretido – e, por causa do coeficiente de expansão térmica, é seguro assumir que, quanto mais alta a temperatura, maior o vidro “vermelho” deve ficar. Azul representa vidro que está esfriando – transitando entre os dois estados. Por causa do mesmo coeficiente, esse vidro está encolhendo.
A gota do Príncipe Rupert pode ser entendida como milhares de pedaços de vidro infinitesimais, cada um querendo interagir com o outro do seu lado. Quando o vidro derretido é colocado em água fria, a camada de vidro “vermelho” mais exterior imediatamente fica sólida (“cinza”), e por isso solidifica a forma de gota do fenômeno.
O interior da gota, entretanto, ainda é um líquido quente expandido. Conforme é exposto a água fria, ele começa a esfriar e empurrar contra a camada exterior. O problema é que este vidro exterior já está sólido, então “empurra de volta”, e não se quebra. Na verdade, fica mais forte.
Como o vidro esfriando não consegue mover a camada exterior, passa a fazer força contra si mesmo, causando enorme tensão, o que o endurece, tornando-o sólido também.
Eis a gota do Príncipe Rupert: o exterior está em extremo estresse compressivo, e o interior está em extremo estresse tensivo. Se uma ligação nessa corrente tensa for quebrada, quebra toda a linha, se alimentando de sua própria energia armazenada, como um explosivo químico. A diferença é que, ao invés de liberar energia química potencial, energia de tensão mecânica é liberada.
Ao gravar a explosão a 130.000 fps, Destin pode até calcular a velocidade com que isso ocorre: cerca de 1.658 metros por segundo.[SmarterEveryDay, Wikipedia, SAPONoticias]

fonte:http://hypescience.com/a-bizarra-fisica-de-gotas-de-vidro-explosivas/
Por Natasha Romanzoti
Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.
Faça sua pesquisa
http://www.facebook.com/profile.php?id=100001544474142

Nenhum comentário:

Postar um comentário